16 maio 2006

Terrakota, Kussondolola e Prince Wadada

Alguns poderão não saber (e outros saberão) que gosto de música de origem africana: sim é estranho, mas é verdade: antes isto que Pink, Gwen Stephani ou Scooter (private *cof) digo eu; e por isso sou gozado por uns e desprezado por outros, mas wtf? que é que isso me interessa (muito, mas isso não faz parte da moral da história de hoje); esta é a música que dá calor à minha vida, é bastante dançável (o que é bom) e diverte-me.. muito.

Vou começar por quem, desta trilogia maravilhosa, conheço pior: Prince Wadada, aliás deste só conheço umas poucas músicas, sendo a melhor aquele clássico único: Taxi pra Luanda, que fala dum tema tão próximo de todos nós que é todos nós termos saudades de Angola, no caso mais particular de Luanda, Benguela e outras terras angolanas; cá para mim tenho é saudades dumas angolanas. Na verdade esta música é uma história dum homem que se tinha embebedado (claro! porque senão porque raio queria ir ele para Angola) e que fica com saudades do seu país de origem e das suas maravilhas (?) e pede, muito simplesmente, que um táxi de Lisboa o levasse para Angola, querem história mais bonita e simples que esta?

A seguir vêm essa banda, com um nome tão complicado: Kussondolola, mas ainda mais inspirativa (não sei se esta palavra existe, sei que me inspira bastante era isso o que eu basicamente queria dizer). "Se fosse um homem rico comia 30 pães e usava um kikuto rasgado no cú", "Nós somos Rastaman" entre muitas outras frases míticas foram criados por estes.. São igualmente uma banda angolana, versam sobre o amor, as pessoas, a música, a paz e o haxixe e todos esses assuntos de que fala o raggae (acho que são só estes na verdade). Eles tocam ragga puro e duro, a mensagem interessa bem mais que a música e isso faz com que ela seja do melhor: é o amor entre os homens, igualdade e acima de tudo: abaixo a Babilónia!

E por fim uma das bandas que mais ouço e que sou dos maiores fãs: Terrakota; esta não é só angolana como as outras mas Mundial (uma referência, no mínimo), com elementos de diversos países e regiões mundiais e com influências de todo o lado. Tem elementos italianos e espanhóis, gravam no Burkina Faso (um dos meus países preferidos) e falam igualmente do mundo e da igualdade: aliás este é o tema do raggae, sobre que eles deveriam falar? "You have to fight for your own own rights! Bojaman!!" Diz tudo sobre estes.. os concertos deles são do melhor: "Tu não eras aquele que estavas a dançar na primeira fila?", energia total e Jah no meio de nós. "Tá fuma" esse grande ícone eclipsiano e esse hino ao haxixe, aconselho a toda a gente, um dia gravo a minha coreografia!

Agora só uma pequena achega a estes três nomes: como uma banda que se diz contra a Babilónia (o capitalismo institucionalizado) e depois combram 18€ por um cd deles.. é caso para dizer: "FUODASSE!!"

5 Comments:

Blogger Sof said...

Tu andas a provocar... andas andas...
Que tens gostos alternativos já todos sabemos,e não tenho nada contra Kussondulola ou Terrakota, mas onde anda o Rei Bob?
E não estou a falar do Bob o Construtor (será que ele é engenheiro civil?), é mesmo do Marley... sei que tu não gostas de ser, vá lá, cliché, mas deixar de fora O Bob Marley... tsk tsk

12:48 da manhã  
Blogger Sof said...

E um dia hás-de explicar-me bem explicadinho o que tens contra Scooter :p

12:48 da manhã  
Blogger Ric said...

obrigado zé por, antes de teres escrito este post me teres deixado ouvir um bocadinho do "taxi pra luanda"... sei que foi no intuito de me pores por dentro do assunto...

é realmente do melhor!!

anseio por ouvir a música da frase mítica "Se fosse um homem rico comia 30 pães e usava um kikuto rasgado no cú"...

2:05 da tarde  
Blogger Dário Santos said...

Amigo e companheiro de vários jantares passados entre tendas e latas de atum e feijão que por elas circulavam, tive o pequeno grande prazer de ver e ouvir Wadada, Prince Wadada, ao teu lado (salvo seja, claro......fuodasse, não gosto cá dessas confusões!!) e, sinceramente, foi por tu teres falado tanto em ouvir Wadada que eu lá fui ver.... Adorei, muito, o táxi estava fenomenal, àparte a poeira que levantava... E, de facto, o reggae, actualmente, é vira o disco e fuma o mesmo..... Salvam a honra do convento(?) uns poucos, mas mesmo esses abusam depois na hora da malta os 'apoiar' e comprar o belo do CD...


Tá-se bem, man, fica em paz!!

8:57 da tarde  
Blogger Unknown said...

saudações!

sou brasileiro e acessei teu blog por interesse nas bandas que citou no seu comment.

positividades a vocês e um salve da galera do ganja groove

www.myspace.com/ganjagroove

12:36 da manhã  

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